25 de jul. de 2017

Ruff Majik - The Fox (2016)





Dando continuidade à sessão Bandas Novas - A Salvação do Rock? apresento dessa vez a banda Ruff Majik. Com origem em 2012, na cidade de Pretoria na África do Sul, a banda, composta por Johni Holiday - Guitarra, vocais, narrativas | Benni Manchino - Bateria, narrativas | Jimi Glass - Baixo, sai das profundezas da garagem suja, onde repousam empoeiradas suas próprias influências, e entregam um som pesado e furioso, às vezes com o pé no blues mas sempre voltando ao som pesado que lembra muito Sabbath, Blue Cheer, Celtic Frost e aquela produção com sonoridade imunda do metal brasileiro dos anos 80. Um elogio, hein!?

1. King of the Badgers começa com riffs pesados lembrando Sabbath, Slayer mas com distorção FUZZ em tudo, guitarra, baixo, vocais. Lembra muito Ozzy Osbourne dando aquele toque bluesy entre os riffs pesados de Tony Iommy. Eu particularmente gosto muito de efeitos distorcidos nos vocais. O riff principal lembra bandas indie como PIXIES, MUDHONEY e SONIC YOUTH. Violões dedilhados deixam de lado o peso pesado e delicadamente encerram a primeira faixa. Com vontade de mais sonzera! Vamo' nessa!!

2. Wax Wizard continua na mesma levada pesada com toques de blues e riffs longos. Não dá prá parar de pensar em bandas como Grand Funk Railroad, Sabbath e suas influências ,como Soundgarden, Jon Spencer Blues Explosion e outras. A pegada é pesada e arrastada, uma celebração à pura sonzera! Muito boa! 

3. O som muda um pouco e começamos a ouvir influências de Television, Cake, mas sem perder o momento de quebradeira total. Canned Fruit Bats é uma surpresa que viaja por vertentes distintas do Rock sem perder a fluidez. Começo a gostar muito desse trio sul-africano. 

4. Sodoom and Gomorrah apresenta um riff mais sólido com vocais distorcidos, paranóicos ao estilo Sabbath -Ozzy years - Com influências do metal tradicional a música embarca em outro groove e os vocais acompanham a mudança trazendo uma atmosfera dinâmica. Novamente a levada muda e fica mais lenta e pesada pra depois descambar em um solo ao estilo MUDHONEY. Realmente a banda surpreende no momento em que corria o perigo de cair na mesmice.

5. Uma narrativa psicótica prepara o início de Coffin Dragger, que entra rasgando no melhor estilo underground lembrando um pouco Sonic Youth e Warsaw (JoyDivision early years). Uma pegada mais death metal incorpora em todo mundo e o som vai ficando cada vez mais lento, cada vez mais soturno. 


6. Mais outra narrativa antes do início de Royal Forest, que traz um pouco de suavidade com vocais distorcidos. Uma mistura de Jon Spencer com Jack White. A suavidade da guitarra nos remete aos anos 60, ao peso de Jimi Hendrix Experience, Steppenwolf e o clima vai ficando mais pesado e vem varrendo todas as influências pelo caminho, passando pelos '70, '80, '90 e aterrissando em quebradeira. 

Um ótimo "disco" pra quem gosta de "quebrar tudo". Tem que ouvir alto!

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